A obesidade
é uma doença crônica cada vez mais presente em adultos. Somente na última
década, houve um aumento de 32% de casos relacionados ao problema, o que
estimula o surgimento de novas dietas que prometem grandes reduções de peso.
Algumas delas têm uma concentração menor de carboidrato e maior em proteínas.
São as chamadas Dieta Low Carb.
Citamos aqui alguns exemplos das que apresentam esse tipo de distribuição dos
macronutrientes.
Dieta Low Carb | Dr. Atkins
Na dieta do
Dr. Atkins, está liberado totalmente o consumo de gordura e proteínas. Essa
opção, por outro lado, restringe os carboidratos, cuja cota varia de 15g a 60g,
e proíbe ingredientes à base de açúcar. A quantidade de carboidratos é
estipulada conforme a fase da dieta, que é dividida em três fases (indução,
continuação e manutenção). Outra característica é que ela é pobre em vitaminas,
minerais e fibras.
Dieta Low Carb | South Beach
A dieta de
South Beach é uma versão mais branda. Ela estimula que se comam gorduras
monoinsaturadas (nozes, castanhas, azeite de oliva). Além disso, admite o
consumo moderado de carnes e queijos magros e frango sem pele.
A partir da
terceira semana, possibilita a inclusão de várias frutas, leite desnatado,
carboidratos complexos e até vinho com moderação.
Já a dieta
da USP prevê uma combinação diferente de alimentos e deve ser seguida por duas
semanas. Recomenda muita proteína e quase nenhum carboidrato. Presuntos, ovos e
café preto sem açúcar são os ingredientes principais.
Dieta Low Carb | Dieta Dukan
Dieta Dukan:
prioriza o consumo de proteínas e é dividida em quatro etapas
• 1ª: Fase
de ataque – Só é permitido comer alimentos ricos em proteínas.
• 2ª: Alguns
legumes e verduras são introduzidos, mas não é permitido comer nenhum
carboidrato.
• 3ª: Etapa
de manutenção – É permitido comer carnes, legumes, verduras; e acrescentam-se
duas porções de frutas por dia, duas fatias de pão integral e uma porção de 40g
de queijo, de qualquer tipo.
• 4ª: Manter
a forma – É preciso reservar um dia por semana para se comer somente carnes e
leite desnatado.
Além disso,
fazer 20 minutos de exercício físico diários, abandonar o elevador e subir e
descer sempre de escadas. Ingerir três colheres de farelo de aveia por dia,
sempre.
Alguns
questionamentos em relação a esse tipo de dieta:
• A perda de
peso seria pela alimentação restrita, com a proibição de carboidratos.
• A dieta do
Dr. Atkins e a dieta convencional foram comparadas em um estudo de 12 semanas.
A primeira parece favorecer a relação LDL-colesterol/HDL-colesterol. No
entanto, acredita-se que as frações HDL-C e LDL-C modificadas sejam menos
protetoras e mais adipogênicas, o que ainda deve ser investigado.
• De acordo
com essas dietas, a insulina seria responsável por maior acúmulo de gordura,
maior retenção hídrica, aumento de triglicérides e maior risco de doenças
cardiovasculares. A insulina seria reduzida com a diminuição de carboidratos,
mas outros estudos afirmam que ela tem uma função essencial no controle do
gasto energético, na fome, na indução de saciedade e na regulação de leptina.
•
Complicações de dietas pobres em carboidratos e ricas em gordura podem ser
variadas como deficiência vitamínicas, alteração da função cognitiva, aumento
dos níveis de LDL-C e da taxa de filtração glomerular diminuídas. No longo
prazo, nefrolitíase, osteoporose e progressão da insuficiência renal crônica.
Uma revisão
bibliográfica sobre os vários tipos de dieta mostrou que a perda de peso não
depende da composição de macronutrientes.
Ela ocorre
devido à restrição energética. Para o tratamento da obesidade, é seguro afirmar
que dietas hipocalóricas, balanceadas e individualizadas, promovem resultados
mais eficazes e duradouros.
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